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Coroação de Gustaff V

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Coroação de Gustaff V Empty Coroação de Gustaff V

Mensagem por juliogb Seg maio 16, 2016 12:42 am

Já fazia que a Catedral de Aachen não via tamanha aglomeração, a coroação do novo monarca helmlandês Gustaff V era o evento da vez e prometia ser o tema mais comentado no país e quem sabe no mundo seguido obviamente, pela abdicação de Lothar IV, após um longo reinado de 30 anos, marcado por um crescimento do país na arena internacional após décadas de isolacionismo.

Gustaff estava um pouco nervoso, no alto de seus 45 anos não se lembrava da ultima vez que tomava tão grande responsabilidade, olhou-se no espelho uma ultima vez, estava com seu uniforme azul de golas vermelhas e galões dourados, as várias medalhas, as botas lustradíssimas, o cinto e seu sabre curvo.

-Majestade, está na hora! - dizia o general Maiziére.

Enquanto, na milenar Catedral de Aachem, com seu domo octogonal e arquitetura carolíngia, gótica por fora, bizantina por dentro. O trono, chamado de Trono de Carlos Magno, localizado na nave central entre a mesa do Altar e o Relicário com os ossos de Carlos, estava pronto, com as peles de lobos e o trono da imperatriz consorte. Lothar IV, agora Monarca Emérito, assentava-se ao lado de sua esposa no presbitério na nave central, aonde já esperava por seu filho mais velho, onde daria sua benção. Outros dignatários estavam assentados ali, os principais líderes religiosos do país, o Metropolita Vassilius, o arcebispo Messala e o Arcebispo Sverker, que presidira a cerimonia.

-Majestade! - dizia solenemente Lotar Leuveardosam, afilhado do Monarca Emérito.
-Lotar, meu caro, por favor, sente-se...
-É uma honra acompanhá-lo neste momento majestade.


As portas da Catedral se abriram, e um enorme séquito de acólitos, carregando cruzes, bandeiras, balançando incensarios, seguidos de vários membros do clero paramentados de púrpura e ouro, bispos da Igreja Luterana de Helmland, da Igreja Católica Romana e da Igreja Ortodoxa em Helmland. Do presbitério, Lotar observava a nuvem de incenso e as pontas dos estandartes e lábaros que se aproximavam do altar, onde esperava o Arcebispo Sverker. No meio do séquito, Gustaff uniformizado e sua esposa Alexandra Victoria vestida com os trajes típicos helmlandeses da região leste. O som do órgão de tubos dominava o ambiente, junto com o repicar dos sinos e do coral que cantava Grousser God wir Lauden Di.

Ao chegar ao altar, Gustaff e Alexandra ajoelharam-se, beijando os anéis das mãos do Arcebispo Sverker, com paramentos dourados e uma alta mitra, cerimoniosamente, incensando-os 3 vezes. Como mandava o procolo, Alexandra levantou-se e assentou-se a direita do trono, Gustaff beijava a mesa da comunhão e comprimentava os principais líderes religiosos dos país, beijando-lhes os anéis das mãos.

-Abençoado seja o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, hoje e sempre, e pelos séculos dos séculos Amém. - declamava o Arcebispo.

Milhares de pessoas faziam o sinal da cruz simultaneamente.

-Povo de Helmland, estamos reunidos hoje aqui, pra comemorar a Coroação do nosso novo monarca, Gustaff V, filho do Monarca Emérito, presente aqui na tribuna, onde em poucos momentos, dará sua benção ao seu primogênito.

Gustaff assentou-se no Trono, olhou ternamente sua esposa nos olhos e estalou as juntas das mãos, mania que tinha desde a adolescência.

A cerimonia prosseguiu com a colocação do manto púrpura, do orbe da cruz e o cetro e finalmente a Coroação.

-Gustaff, você jura, em nome da Santíssima Trindade, de Todos os Santos e da Virgem Santíssima, zelar, proteger e manter a Sagrada Coroa de Carlos Magno?
-Eu Juro.
-Eu o Coroo Gustaff V, Filho de Lothar, protetor da Cristandade helmlandesa, Senhor do Trono de Carlos Magno, Suserano de Aachen, Rei de Helmland e Imperador do Sacro Império Romano Germânico, em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. - declamava em voz alta enquanto fazia com a coroa um sinal da cruz encima da cabeça de Gustaff.

Gustaff fechou os olhos enquanto sentia o peso da Coroa na sua cabeça, levantou-se e olhou para seus súditos, que se ajoelharam gritando.

-Vida Longa ao Rei! Vida Longa ao Rei! Vida Longa ao Rei.

Guiado pelo Arcebispo, dirigiu-se novamente ao altar junto de sua esposa ajoelhando-se num genuflexório, onde receberiam pela primeira vez como Monarcas, a Sagrada Eucaristia.


Interior da catedral.
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Última edição por juliogb em Sex maio 20, 2016 8:37 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por ANTONINI-Leo Seg maio 16, 2016 8:12 pm

MOMENTOS ANTES:

“Boa Noite! Aqui é Katerine Yériksam do Clã Dauer transmitindo diretamente da frente da Catedral de Aachen a coroação de Gustaff V que se tornará o mais novo monarca helmlandês” Dizia a correspondente jornalística teute.

Ao fundo Lotar Leuveardosam do Clã Fense, ao tentar passar despercebido com um chapéu caído sobre a face, escuta a repórter prosseguir a falar: “O Rei Lothar será o primeiro monarca Helmlandês em trezentos anos a abrir mão do cargo em favor do filho ainda em vida! Fontes extraoficiais do castelo dizem que Lothar nem sempre está no controle de si mesmo e que estaria sofrendo de...”.

CRASSSSSS!!!! (um grande chiado toma a transmissão quando Lotar Leuveardosam surpreende a repórter tomando-lhe o microfone).

“Vergonhoso!” Disse Leuveardosam tirando o chapéu. “Boatos! Um jornalismo sério não pode seguir alcoviteiras!” Disse Lotar Leuveardosam.
Recompondo-se um pouco, arrumou a gravata e voltou a falar: “Gostaria de lembrar a todos que Lothar IV é meu padrinho! E como manda a tradição teute ele se tornou irmão de meu pai! Desta forma, tratem os Hohenzollern-Habsburg com o mesmo respeito que tratariam um membro do Clã Fense! De outra forma somente terei que denunciar este canal por crimes contra a honra!” Terminou Leuveardosam entregando brutamente o microfone novamente a repórter que somente conseguiu dizer: “Os comerciais, por favor.”.




“O tempo passa e você continua dando audiência para esses tabloides” Disse simpaticamente um teute de meia idade, gordo e de bigodes vestido a rigor conforme manda a ocasião.

“Embaixador Yérmundsam! Que prazer vê-lo aqui! Por favor deixe-me acompanha-lo, já estou entrando!” Disse Lotar Niesktbarsam.

“Seria de grande alegria sentar ao seu lado, mas eu ficarei com os dignitários estrangeiros. Lothar IV fez questão que você sentasse junto da família!” Disse o Embaixador teute mexendo no bigode e indicando o caminho com um gesto.




Então Lotar leuveardosam seguiu sua caminhada pela milenar Catedral de Aachem, com seu domo octogonal e arquitetura carolíngia, gótica por fora, bizantina por dentro. Mesmo um homem vivido como Leuveardosam não poderia deixar de se impressionar.

Destacava-se na visão o trono de Carlos Magno, um tipo de Togkor Helmlandês, já no trono da imperatriz chamavam à atenção as peles de lobos, o que inspiraria respeito a qualquer teute.

Leuveardosam parou um instante para conter os espirros. Definitivamente havia uma excesso de incenso ali. Assim parado Leuveardosam vê seu padrinho Lothar IV, agora Monarca Emérito, assentado ao lado de sua madrinha no presbitério na nave central.

“Majestade!” - dizia solenemente Lotar Leuveardosam, afilhado do Monarca Emérito.

“Lotar, meu caro, por favor, sente-se...” Disse Lothar IV apontando o assento com um gesto.

“É uma honra acompanhá-lo neste momento majestade”. Disse Lotar Leuveardosam beijando as mãos do Monarca Emérito, gesto este que para os teutes significa a superioridade do outro, um gesto guardado somente para pais e avós. Lothar IV entende o gesto e agradece com um sorriso.

As portas da Catedral se abriram, e um enorme séquito de acólitos, carregando cruzes, bandeiras, balançando incensarios, seguidos de vários membros do clero paramentados de púrpura e ouro. Um pouco exagerado para um teute, a sagração de um Líder de Clã é bem menos suntuosa.

Lotar Leuveardosam, se pega a todo o momento, sem querer, procurando a Ansel Fyérlet, um tipo de fogueira santa que não pode faltar em cerimonias como estas em Teutebumi.

Todas as religiões de Helmland estão representadas naquele local. Do presbitério observavam a nuvem de incenso, sendo que Leuveardosam segurava a respiração de modo a não espirrar.

No meio do séquito que se aproximava do altar vinha Gustaff, uniformizado e sua esposa Alexandra Victoria vestida com os trajes típicos helmlandeses da região leste. O som do órgão de tubos dominava o ambiente, junto com o repicar dos sinos e do coral que cantava Grousser God wir Lauden Di.

Ao chegar ao altar, Gustaff e Alexandra seguiram todo o protocolo de coroação frente a ansiosa plateia, que após a benção do Arcebispo faziam o sinal da cruz simultaneamente e que quando após o juramento de Gustaff gritaram em uníssono “Vida Longa ao Rei! Vida Longa ao Rei! Vida Longa ao Rei”.

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Mensagem por juliogb Seg maio 16, 2016 11:21 pm

Nem tudo era comemorações, bandeirinhas e crianças vestidas em trajes típicos, um grupo de manifestantes anti-monarquistas, alinhados à uma minoria esquerdista/antifa/pirata protestavam não muito longe da aglomeração de súditos nas portas da Catedral.

-Abaixo a Monarquia! Não passarão fascistas! - gritava o grupo, composto de jovens com capuzes pretos e mascarados.

Um grupo de torcedores do Aachen Foessball Varband, a torcida Aachen Gladiators, um pequeno time de futebol mas com uma das torcidas mais fanáticas, observava os manifestantes anti-monarquistas com desprezo, ora cuspindo em sinal de maldição, gritando palavrões e alguns mais exaltados partiam pra cima, segurados por algum policial.

-Lixo! Escória vermelha! Vermes! - gritava um homem de cabeça raspada, de casaco camuflado e um cachecol do time segurando uma garrafa de cerveja.


-Hauptmann Mathis na escuta? - dizia a voz no rádio ao Capitão Conrad Mathis, encarregado da segurança no evento.

-Tem um início de confusão aqui, uns vagabundos traidores estão protestando, estão começando a se enroscar com os torcedores do Aachen.

-Use a força se necessário, a polícia montada está de prontidão?

-Estão sim Capitão...é com ficar de olho nos populares que estão dentro da catedral, podem ter infiltrado alguém pra prejudicar a Coroação.

-Vamos redobrar a atenção.

Hauptmann Mathis desligou o rádio e voltou a circular pela Catedral, identificando possíveis suspeitos entre a multidão de pé.

A coroação prosseguia com a benção de Lothar IV a seu filho. Levantou-se do trono episcopal na ábside onde estava assentado, um jovem acólito lhe levou uma espada medieval cruciforme, o velho monarca a desembainhou sem dificuldade, ainda tinha alguma força em seus braços, admirou a lâmina brilhante e prateada com os dizeres gravados em latim ''REX GERMANICVS''; dirigou-se ao arcebispo que o esperava com uma gamela prateada e um vaso de prata cheio de água e um vidro com azeite; a espada seria ungida com água e óleo.


Gustaff retirou a Coroa de sua cabeça, prostrando-se diante do seu pai que se aproximava com a espada segurada na altura do peito e apoiada na testa.

-Gustaff V, Monarca de Helmland, eu o abençoo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. - recitava enquanto pousava gentilmente a lâmina nos dois ombros do filho e finalmente sobre sua cabeça. - Levante-se como Rei.

Gustaff levantou-se, levou a Coroa sobre a sua cabeça e com as duas mãos pegou a espada que se pai ofertava com uma leve reverência, a cena era ostensivamente registrada por fotógrafos e suas enormes câmeras. Acenou levemente pra sua esposa e olhos nos olhos dos vários convidados nas primeiras fileiras, alguns dignatários britânicos, viu o Rei da Jordânia Abdullah II com o qual tinha uma longa amizade, e sua esposa Ranya; o Monarca do Butão com sua família e uma miríade de aristocratas
helmlandeses, com seus uniformes militares carregados de medalhas e Amon Ballógh, um de seus amigos mais polêmicos, o barão do jogo clandestino e persona non grata em vários países do mundo.

-Todos a postos. - disse Capitão Mathis ao ver que a cerimônia estava quase no fim. - O monarca sairá pelos portões em instantes, não quero problema algum, entendem?


Praça da Catedral
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Última edição por juliogb em Sex maio 20, 2016 8:40 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por MarioLopes Qui maio 19, 2016 2:21 pm

A comitiva britânica era pequena porém ilustre, chegaram a Helmland de jato e foram direto para o Palácio de Arhay, sede da embaixada imperial. Apesar das contendas do passado Helmland era a principal nação amiga no continente, status essa favorecido pela proximidade que as duas famílias reinantes tinham, Schneizel, o imperador britânico é sobrinho de Lothar de quem é bastante próximo. Compunham a delegação imperial as seguintes personalidades:

Sir Ollyvar Holmes, o jovem embaixador britânico junto a Helmland. Prodígio da chancelaria imperial, seus discursos perante as Nações Unidas atraíram renome internacional, é considerado o rosto da política imperial de "soft hands" que basicamente prega uma versão branda do imperialismo bruto que vivemos nas últimas décadas. Sua reputação o cacifou para representar Britannia junto a seu principal aliado.

Lord Edward Hedge, Speaker of The House, o presidente da Câmara dos Comuns, recentemente envolvido em um escândalo envolvendo contas secretas na Helvétia Helmlandesa, ele achou por bem sair um pouco dos holofotes e visitar o continente. Reconhecido em Britannia como um dos melhores articuladores políticos, controla com mãos de ferro o "Bloco do Centro" do Parlamento, bloco este que o blinda diante das sucessivas denúncias de corrupção.

Maria Theresia of Habsburg-Heidenstaat, prima do imperador e representante deste, Maria Theresia é filha do Duque de Heidenstaat, um dos principais banqueiros de Britannia e do mundo, como herdeira da Heidenstaat Co ela é hoje considerada a solteira mais cobiçada da Europa.


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Mensagem por juliogb Qui maio 19, 2016 9:21 pm

Dentre os convidados ilustres não pertencentes à realeza, um dos mais odiados por fiscos e polícias de todo mundo era o banqueiro helvético Domenico Gallard, um dos gerentes do Banco de Custódia de Solothurn, radical defensor do sigilo bancário, estava numa das fileiras de cadeiras colocadas perto do presbitério, reconheceu um de seus clientes de longe, Sir Edward Hedge, conhecido por ele apenas como Thomas Hawthorne, o nome fictício usado no banco.

Com um discreto aceno de cabeça, cumprimentou de longe Sir Hedge, que sorriu discretamente retribuindo a reverência.

-Mais um de seus clientes? - cochichou uma voz grave no ouvido de Gallard.
-Jesus Cristo, você sempre aparece de repente Amon.
-Não fiz o dinheiro que fiz pendurando uma placa de neon no pescoço Herr Gallard.

Amon Ballógh sentou-se numa cadeira vazia ao lado do banqueiro.
-Tem alguém sentado aqui?
-Sim, minha esposa, ela está lá conversando com a Duquesa de Luxemburgo.
-Eu vou sair daqui rápido...só quero conversar, meu lugar é mais na frente?
-Como diabos arranjou um lugar mais na frente?
-Vocês banqueiros acham que são o centro do universo não?
-O que você quer Herr Ballógh?
-Queria dizer que não tenho nada contra o senhor, fechei minha conta no BCS por motivos pessoais que não cabem aqui, desculpe ter sido rude com o senhor, eu estava num mau dia Sr. Gallard.
-Tudo bem...normal.
-Bem, vou pro meu lugar, já estão começando a cantar os hinos da grande entrada.
-Até a próxima Sr. Ballógh.

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Mensagem por juliogb Sex maio 20, 2016 12:50 am

As provocações dos anti-monarquistas continuavam, vários deles com máscaras de Guy Fawkes e capuzes pretos, algumas bandeiras do Partido Comunista, da Ação Animalista, do Kollectiv Soires e outros grupos minoritários. A multidão aumentara naquela manhã, e mais membros de torcidas organizadas e jovens nacionalistas chegavam, inclusive um grupo de helmlandeses de origem sérvia (os sérvios são um dos maiores grupos imigrantes em Helmland), a torcida com o sugestivo nome SS, Srbe Sektor, caras mau encarados, muitos deles com vastas barbas, casacos de couro, chapéus pretos de chetnik, bandeiras do Aachen e do antigo Reino da Sérvia.

-Norman, Norman...não acha melhor irmos pra outro lugar? Esses caras estão querendo briga, eu sei que você ama isso, mas estamos de férias, vai que você para no pronto-socorro, seria horrível termos de pagar pro médico te fazer curativos.

-Noryén, relaxe, são só torcidas organizadas, estão aqui comemorando...

-É, mas aqueles cara de preto ali escoltados pela polícia não parecem que tem boas intenções.

Um homem da Srbe Sektor, de aproximadamente 40 anos, com casaco de motoclube, barba negra e um chapéu sérvio típico postou-se a frente gritando:

-Hey comunas de merda! lixos! Venham aqui que vamos acabar com essa palhaçada.

Uma garrafa foi arremessada na direção do sérvio, espatifando-se perto dos pés calçados com coturnos pretos....

-É melhor você jogar com mais força o viadinho! - imprecava ruidosamente.

Um das feministas conseguiu furar o bloqueio humano de policiais e jogou tinta num aristocrata do ''baixo clero'' da nobiliarquia helmlandesa que passava por ali, na tentativa de ajudar o nobre, um dos policiais que estava no bloqueio abandonou o posto, o que animou a massa de manifestantes anti-monarquia a passar pelos policiais, que já estavam sobrecarregados com serviço.

-Rikard! - gritou o turista teute pra seu amigo de infância Rikard Preimansam. - Você está pensando o mesmo que eu?

-Com certeza....

Um dos torcedores do Aachen Gladiators se aproximou dos teutes, vendo que arregaçavam as mangas e alongavam o pescoço.

-Hans Frossard, à seu dispor, vamos detonar a cara desses comunas?

-Vamos lá, primeira vez que brigo em solo helmlandês, à propósito, meu nome é Rikard Preimansam do clã Dauer. - disse Rikard estalando os dedos e olhando pra sua mulher tentando enxergar algum sinal de aprovação em seu rosto. - Eu já volto amor, não saia daí.

-Norman Erteusam do clã Anskran.... - disse apertando a mão do helmlandês de cabeça raspada e rosto tatuado.

A multidão de torcedores e os dois teutes aventureiros partiram pra cima dos militantes mais radicais, os caras do Antifa Block, um grupo que costumava iniciar confusões e brigas homéricas. Em questão de minutos, o canto noroeste da praça da Catedral tinha se tornado uma arena de batalha.

Antifa Block
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Última edição por juliogb em Sex maio 20, 2016 8:46 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por juliogb Sex maio 20, 2016 12:53 am

Miroslav Brankovic, o líder do Srbe Sektor.
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Mensagem por MarioLopes Sex maio 20, 2016 12:35 pm

A comitiva britânica chegou ao evento com pompa e elegância, assim que entraram, naturalmente se misturaram, havia tempo que o intercâmbio cultural com Helmland havia unido não só a nobreza, mas os políticos e empresários dos dois países de tal forma que ficava difícil diferencia-los se não fosse pelo sotaque forte dos helmlandeses ao falarem em inglês, ou pela dificuldade dos britânicos em pronunciarem as palavras do idioma helmlandês.

- Ollyvar! Ollyvar! - Um homem engravatado gritou ao longe para o embaixador, era magro, aparentava não mais que quarenta anos e tinha um inconfundível sotaque britânico.

- Lord Rowan... Não esperava encontra-lo por aqui. - Matthis Rowan controlava as maiores fazendas de maçãs do mundo, no entanto era conhecido por controlar clandestinamente uma série de minas na Colônia do Cabo. Ollyvar estava fugindo do homem há mais de mês desde que um carregamento de sua propriedade foi apreendido na Namíbia Helmlandesa, algo envolvendo tarifários ou trabalho escravo, não se lembrava direito.

- Ollyvar, quanta formalidade, adoro os hunos, não perderia isso por nada. E cadê o nosso bom imperador? - Ele já estava bem próximo a altura e logo baixou o tom de voz - Não me diga que se perdeu em algum cassino em Montecarlo? Denovo.. - Deu uma breve gargalhada.

- Sua Majestade está se sentindo indisposto. O efeito de um Goulash em um estomago fraco é destruidor. - Brincou o embaixador tentando, inutilmente sabia ele, fugir do foco.

- Quero marcar uma reunião com você faz meses, sobre um trem... - Foram interrompindos por outro membro da comitiva britânica, o notável Lord Edward, careca, rosto de fuinha, baixo, mas dotado de um língua cujo veneno colocaria um elefante ao chão.

- Se não é o bom Lord Rowan, como vão as maçãs? - Perguntou jocoso Edward.

- Lord Hedge, sabia de sua intimidade com os helmlandeses, mas dar as caras em um evento como esse... Com tantas câmeras fica difícil bater carteiras... - Respondeu no mesmo tom.

- Senhores, não é o momento, nem a hora. - Apartou Ollyvar enquanto os hinos começavam a ecoar sob a catedral, os senhores então trataram de procurar seus lugares.

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Coroação de Gustaff V Empty Capítulo de Hoje - PORRADARIA COMENDO SOLTA.

Mensagem por ANTONINI-Leo Sex maio 20, 2016 9:08 pm

Enquanto isso no interior da catedral Leuveardosam escuta o barulho que vem de fora e sussurra para um estafeta:"O que está acontecendo rapaz?"

"Parece que está acontecendo uma briga na praça em frente, lamento Senhor!" Disse o jovem Helmlandês.

"Sim lamentável, eu sempre perco a diversão!" Disse Leuveardosam com ar frustrado como de uma criança que não pode sair para brincar.

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Do lado de fora:
Coroação de Gustaff V 2568gp4
Tema musical: https://youtu.be/2a3KVmRdols

"Espero que eles batam tão forte quanto gritam!" Disse Norman já se camisa enrolando um pano nas mãos.

"Chega de papo!" Disse Rikard rompendo a tensão do ambiente e partindo pra cima do grupo anti-monarquista a frente iniciando um desenfreado ataque de ambos os lados.

Logo o o chão começa a ser pintado de vermelho, berros e gritos tomam o ambiente, somente sendo cortados eventualmente por uma risada de um dos teutes.

"cara eu estou adorando Helmland!" Disse Rikard com um grande sorriso percebendo seu supercílio cortado, fazendo com que este levasse a mão a cara espalhando o sangue e pintando todo seu rosto de vermelho. Terminada a pintura sangrenta o teute dá um grande urro e corre para o primeiro anti-monarquista que vê.

Norman um pouco ao lado enfrentava um anti-monarquista de porte, seguramente mais de 1.90m.

"Você nem é daqui! Qual o motivo de se meter?" Disse o Anti-monarquista enquanto dava uma torcida no braço de Norman.

"É que é divertido, sabe?" Disse Norman enquanto se desvencilhava e em ato contínuo dava uma cabeçada no oponente.

"cabeça dura hein, garoto!?" Disse Norman com meio sorriso no rosto enquanto o anti-monarquista se levantava e desferia um soco que tirou o equilíbrio de Norman.

"hahahahaha! Qual seu nome?" Disse o teute com expressão de alegria em meio a dor do soco.

"Martin Schrover" Disse o Helmlandês um pouco confuso.

"Muito prazer! Norman Erteusam do clã Anskran!" Disse o teute voltando a ir pra cima brigar.

A situação se manteve assim por mais uns poucos minutos até que a tropa de choque da policia helmlandesa chegasse com caminhões com jatos d'água com areia para dispersar a multidão. A polícia prendeu quantos pode, mas boa parte de evadiu, inclusive os turistas.

"Tá feliz!" Disse Noryén.

"E como!" Responderam os teutes em uníssono.

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Mensagem por Major Policarpo Dom maio 22, 2016 1:12 am

Portucale e Helmland possuem largas fronteiras no continente africano e áreas de comum interesse no continente americano, logo, mesmo com o isolacionismo típico deles com os lusitanos era o momento mais interessante para se abandonar a política do "Orgulhosamente Sós", inaugurada pelo santíssimo António de Oliveira Salazar, o Pater Patriae.

A comitiva portucalense veio até Helmland de comboio, advindo desde Lisboa, passando por Pombal e toda Europa Ocidental no Comboio Presidencial, o maior trem de luxo de um chefe de estado europeu que se tem notícia. Com seu luxo exacerbado, típico de nações isoladas para enaltecer os valores e a soberania nacional chegou a Helmland.

Vestindo um fato de seis botões, costurado pelo melhor alfaiate portucalense, conhecido por "Jaquetão", o Grão-Príncipe do Atlântico D. Bruno (Fisicamente: Caucasiano pele cor de oliva, 1,89m, cabelos castanhos claros e olhos castanhos escuros, aproximadamente 50 anos.) veio acompanhado de seu Ministro da Nação, Gal. Augusto Santos (Fisicamente: Pardo, 1,75m, cabelos encaracolados e olhos castanhos escuros, aproximadamente 45 anos), vestido com o traje de gala do Exército e o presidente do Leal Senado, o muito honorável Fernando Kwanza Silva (Fisicamente: Negro, 1,90m, careca e olhos castanhos escuros, aproximadamente 30 - 35 anos), vestindo um fraque com as medalhas oficiais de Estado, de herói de guerra.

Como presente, a comitiva portucalense chegou com 1 tonelada de ouro em joias das ourivesarias lisboetas com "ouro de lei" angolano, com 500 kilos de joias de diamante com ouro branco "de lei" de Cabinda, além de gemas da província de Nova Marzagão, no continente americano.

O Príncipe Bruno ainda teceu o comentário ao seu ajudante-de-ordens, em tom irônico: Acredito que isso é um presente minimamente decente.



Major Policarpo

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Mensagem por Great Krigsherre Ter maio 24, 2016 9:30 am

Em surdina e com cautela, num assento no lado extremo direito da ala dos dignitários forasteiros está um indivíduo vestindo um balandrau de cor chumbo, rosto quadrado, cabeça raspada, barba feira. É Harald Bernadotte-Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg legatário fidedigno do trono escandinavo, nascido no exterior quando seu progenitor ainda com menos de um ano de idade, único sobrevivente da família real, conseguiu fuga nos braços de um fiel guarda após o Golpe Militar de 1908, evento que levou Ansgar Draken ao poder.

Gustaf vive em Helmland desde o nascimento, nunca tendo podido dar as caras na terra que é sua por direito.

Harald Bernadotte-Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, o derradeiro nobre escandinavo admira com uma inocente e depressiva inveja a celebração do coroamento.

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Mensagem por juliogb Sáb maio 28, 2016 4:10 pm

As comemorações da coroação se davam por todo o país, telões instalados nas cidades transmitiam em tempo real a belíssima cerimônia, grupos de música se apresentavam nas praças e as ruas estavam adornadas com as cores da monarquia. Em Aachen, os convidados voltavam a seus hotéis após a cerimônia, à noite, um jantar seria servido no Elissenbrunnen, um palacete construído em estilo neo-clássico tardio.

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O novo monarca, Gustaff e sua esposa, passariam o tempo até o jantar, posando para as fotos oficiais junto dos nobres mais próximos, talvez desse para descansar um pouco.

Às 19h00, os convidados já estavam no Elisenbrunnen, petiscando camarões, salsichas variadas, carnes de caça assadas e ensopadas, massas e alguns pratos pros convidados que seguiam algumas restrições alimentares, como cordeiro assado kosher com menta e pão sírio.

Lotar Leuveardosam sentou-se estrategicamente perto do cordeiro assado com menta, as mesas não eram marcadas e os convidados iam se ajuntando segundo suas amizades, laços políticos, matrimoniais,e alguns tantos ficavam sentados junto de pessoas que não conheciam. Um senhor idoso, de longas barbas brancas, roupa preta e um chapéu preto sentou-se ao lado de Lotar, pelo vista era um rabino.

-Bela festa não? - disse o judeu sentando-se ao lado de Lotar.
-Com certeza, vejo que gosta de cordeiro assado...
-Aaaa...sim, com certeza, eu que recomendei pro organizador da festa, as vezes esquecem de nós judeus e colocam porco em todas as comidas, dessa vez eu me antecipei.
-Lotar Leuveardosam, do clã Fense... - disse Lotar estendendo a mão ao simpático velhinho.
-Rabino Moishe Feinstein...sou o líder da comunidade judaica da cidade.
-Muito prazer rabino.
-Sabe, eu me lembro do Sr. seu pai, muitos e muitos anos atrás.
-Sério?
-Sim, sim, eu morava no leste europeu na época, em algum lugar entre a Polônia e a Ucrânia, me lembro de estar escondido num porão escuro com minha irmã e meu tio Chaim, um casal de fazendeiros da Ucrânia nos haviam escondido de alguns nazistas que haviam sobrado na região....
-Conte-me mais. - disse Lotar com curiosidade.
-Bem, isso foi na época da Restauração da Coroa, eu era criança na época; as tropas leais ao rei estavam avançando pelo leste noticiando a troca de comando, mas haviam ainda homens leais ao regime nazista que estavam causando caos, naquele dia, estávamos jantando uma sopa rala de batatas sem sal na casa dos fazendeiros, Serapion Mazur era o nome do fazendeiro, morava com sua esposa Nadia, sua filha mais nova Natalya e sua neta Masha.

Lotar arrumou-se na cadeira e pegou uma taça de vinho de um garçom.

-Enfim, me lembro que ouvimos o som de um carro, um desses fuscas blindados que usavam, desceram de lá uns 4 ou 5caras da SS, estavam bêbados...o velho fazendeiro nos escondeu no porão e esperaram pelos homens, que estavam procurando comida provavelmente. Havia junto deles um ucraniano que era o intérprete, ele era da Brigada Kaminsky, homens terríveis de sangue frio. Pois bem, me lembro que o oficial da SS estava ficando nervoso, um dos homens queria se deitar com a filha do fazendeiro, Natalya, o fazendeiro ficou aterrorizado, nesse momento me lembro de ouvir o som de outro caminhão chegando.

-E aí, o que aconteceu?

-Ouvi vozes lá fora, e um enorme confusão começou, uma gritaria que não entendia muito bem, só sei que ouvi alguns tiros, uma porta se abrindo com força, o som de murros, gritos de mulher, o som frio de lâminas entrando na carne e o som de corpos caindo ao chão sem vida...me lembro que por uma fresta das madeiras do assoalho respingava sangue que sujou meu rosto, depois, o alçapão se abriu e vi um homem de rosto anguloso, barba por fazer, uniforme preto com um fuzil com baioneta suja de sangue...me assustei muito pois achei que era da Gestapo, mas não era, era seu pai, Leuveardo Niektsbarsam.

-Fico feliz em ouvir essa história Rabino, me lembro que meu pai contou algumas de suas experiências.

-Bem, subimos a escada do alçapão e vimos 3 corpos dos caras da SS, o intérprete ucraniano e um jovem recruta que havia se rendido eram amarrados por um oficial helmlandês da restauração monárquica, um homem de cabelos pretos, olhos azuis e sobrenome romanche, Renzli, acho que era o sobrenome dele.

-Sim, sim oficial Renzli, amigo do meu pai, cheguei a conhecê-lo, era um bom homem honrado, leal, tinha sangue de guerreiro e me lembro do carinho que tinha por sua família, um excelente pai também.

-Não tive a honra de conhecê-lo posteriormente, parecia ser um bom rapaz...creio que já tenha falecido.

-Sim, faleceu uns 10 anos atrás, tenho contato com seu filho mais novo, Leo Renzli, o nome dele foi dado em homenagem ao meu pai.

O teute e o velho judeu continuaram conversando sobre os velhos tempos, o salão estava cada vez mais cheio, decidiram servir-se de cordeiro assado, que comeram com gosto, em alguns instantes, o monarca e sua esposa acompanhados de seu séquito, chegariam para cumprimentar os convidados.

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Coroação de Gustaff V Empty Re: Coroação de Gustaff V

Mensagem por juliogb Sáb maio 28, 2016 4:55 pm

Enquanto apreciavam o saboroso cordeiro ao molho de menta, um arauto anunciou a chegada do Monarca, os convidados se levantaram cerimoniosamente. Gustaff chegou com sua esposa Alexandra Viktoria, o monarca emérito Lothar e a rainha-consorte-emérita Maria Elizabeth, além dos irmãos do novo monarca, Andreiks, Haralds, Liesl Maria e Maria Wilhelmine acompanhados com seus cônjuges; todos trajavam trajes típicos helmlandeses.

-Finalmente o príncipe Andreiks casou-se. - cochichou a Baronesa de Stralund com a socialité e guru da alta costura Sofie Demarck.

As coroações helmlandesas eram bem parecidas com casamentos, os monarcas e seus parentes mais próximos sentaram-se numa enorme mesa retangular num local do salão onde viam todos os convidados; num canto, uma pequena orquestra de câmara tocava música clássica.

O novo rei não tinha muita fome, circulava pelas mesas cumprimentando os convidados, conversando com alguns militares e empresários. Numa mesa, vários presentes eram deixados para o novo rei, cofres com moedas de ouro, espadas, tecidos finos, fardos de incenso, perfumes, peles, vinhos, queijos, armas de fogo...um pequeno berrante adornado com prata chamou a atenção do novo monarca.

-Creio que esse seja o presente vindo do meu país Vossa Majestade. - disse Lotar Leuveardosam ao monarca enquanto segurava o berrante.
-Lotar, quanto tempo, fico feliz que tenha vindo meu caro. - disse o monarca cumprimentando o teute.
-Vossa Majestade sabe que seu pai é um membro do clã Fense honorário...por herança Vossa Majestade também é.
-Sei sim Lotar, aliás, meu pai fez questão de me lembrar, ele até me deu uma medalha teute, um broche militar de prata em forma de chifre. - disse apontando para um pequeno broche de prata no peito, ao lado de uma cruz de Malta branca.
-Ah sim, um pequeno Kornyók....
-Quase cometo uma gafe, de longe vi o Kornyók achei que fosse um shofar de presente do Rabinato de Aachen...
-Aaaa sim, estava conversando com o Rabino agora há pouco, um senhor muito agradável, coincidentemente ele foi salvo de homens da SS por meu pai nos tempos da guerra.
-Agradeça meu pai, ele que soube da história e convidou o rabino.



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Coroação de Gustaff V Empty Re: Coroação de Gustaff V

Mensagem por juliogb Qui Jun 02, 2016 4:13 pm

Numa sala do Elisenbrunnen, uma horda de jornalistas esperava o novo monarca para a primeira coletiva de imprensa. Gustaff não era muito fã de jornalistas, mas pretendia ser o mais polido e claro o possível, passar uma primeira boa impressão era importante. Ao entrar, centenas de flashes das câmeras foram disparados, os sons dos obturadores dominavam o ambiente, o monarca se sentou numa mesa ao centro ladeado por alguns nobres e ministros.

-Majestade! Majestade! - gritavam os jornalistas.

-Majestade! - disse uma jornalista estrangeira. - Como o seu reinado se relacionará com os países vizinhos?

-Como fazemos desde o fim da grandes guerras, vamos priorizar o comércio e relações de boa vizinhança com todos os países vizinhos.

-Majestade! Todos sabem a situação dos homossexuais neste país, o que pretende fazer pelos direitos LGBT?

-Por favor, me fale que situação é essa...até onde sei os homossexuais desse país vivem normalmente, tem seus direitos garantidos e não recebem tratamento diferenciado, agora, se está falando das militâncias radicais esquerdistas alinhadas à ideologia gay, que foram reprimidas agora pouco na praça central, posso dizer que estas pessoas não estão interessadas em paz e prosperidade, mas estão interessadas em instalar sua ideologia nefasta de controle e guerra contra a civilização ocidental, e devem ser duramente combatidos. - disse o monarca de semblante severo.

-Majestade, e quanto à Namíbia Hemlandesa, pretende torná-la independente de uma vez por todas? - perguntou um jornalista africano.

-A Namíbia Helmlandesa é um reino unido deste país, goza de autonomia pra fazer suas decisões, eu não posso declarar unilateralmente sua independência total se nem eles mesmos, os namibianos, sejam eles nativos, afrikaans ou helmlandeses desejam se isolar do Patrimônio Comum Helmlandês.

-Muitos países do mundo estão pressionando o seu país para acabar com os paraísos fiscais, o senhor vai fazer algo quanto a isso?

-Veja bem, vocês me fazem perguntas como se eu fosse o senhor absoluto desse país e pudesse fazer o que me desse na telha na hora que eu bem entendesse, veja, meu poder como monarca é limitado por lei e por costumes que regem as relações sociais e políticas desse país há séculos. Quanto aos refúgios fiscais, eu não pretendo fazer absolutamente nada quanto a isso, não é culpa minha que os países mundo afora imponham tributos absurdos sobre seus habitantes, é óbvio que nesse cenário muitas pessoas vão procurar nosso país que tem impostos pequenos e leis tributárias extremamente simples, não pretendo fazer mudança alguma quanto à isso.

-Majestade! Qual será o papel de seu pai, monarca Emérito Lothar IV no seu reinado? - perguntou um jornalista britânico falando em helmlandês sem sotaque.

-Aprecio ter falado no meu idioma Sr. McDougall. Bem, meu pai é um homem sábio, e jamais deixarei de ouvi-lo, ele dá conselhos excelentes e prudentes e pretendo leva-los em conta ao tomar minhas decisões.

-Vossa Majestade pretende restabelecer os antigos privilégios na nobiliarquia? - perguntou um jornalista da România Ocidental.

-Bem, esses privilégios dos quais falas já foram abolidos 60 anos atrás, não vejo por que ressuscita-los agora, a maioria dos nobres desse país tem suas atividades e ganham dinheiro independentemente do governo. A última coisa que esse país precisa é uma nobiliarquia perdulária e vagabunda, não pretendo em hipótese voltar no tempo.





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Coroação de Gustaff V Empty Re: Coroação de Gustaff V

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