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Império Bizâncida da Criméia

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Império Bizâncida da Criméia Empty Império Bizâncida da Criméia

Mensagem por Francovsky Qua maio 11, 2016 1:44 pm

Fundado pelo rei em exílio Constantino X na cidade de Kiev em 1499, o Império Bizâncida (filho de Bizâncio) cresceu ao longo dos séculos para abarcar, hoje, um território significativo entre a Europa e a Ásia.

Sistema de governo: Monarquia Absoluta¹
Capital: Kiev
Chefe de Estado: Imperador Alexandre IV
Chefe de Governo²: Alexandre, Príncipe dos Donetos

Religião oficial: Igreja Ortodoxa Crimeana
Religiões (população):
Igreja Crimeana - 55%
Islã - 20% (dos quais: 45% sunita, 25% sufi, 30% xiita)
Budismo (rito crimeano) - 14%
Baha'i - 6%

Economia:
Indústria: 43%
Serviços: 30%
Agricultura: 27%
A economia da Criméia têm se diversificado, diminuindo nos últimos anos a dependência histórica no setor do petróleo. Os setores mais tradicionais - indústria pesada e agricultura - empregam a maior parte da população. A Criméia, com seu solo fértil, serve como um celeiro para a Europa.


¹Destaca-se, contudo, um forte ambiente de tolerância e pluralidade, algo que, apesar de não encontrar embasamento legal, é possibilitado pela personalidade do atual monarca.
²Apesar de o monarca ser tecnicamente tanto chefe de estado como chefe de governo, as funções de chefe de governo são mais adequadamente divididas entre o monarca e o presidente do conselho de ministros, que por decreto, é o príncipe herdeiro.

Francovsky

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Império Bizâncida da Criméia Empty História: da Queda de Constantinopla à fundação do Império

Mensagem por Francovsky Qua Jun 29, 2016 8:27 pm

Nossa história começa com um exílio.
Em 28 de Maio de 1453, os turcos Otomanos conseguem perfurar a primeira muralha de Constantinopla. O Basileu Constantino IX conseguia ver que o fim da cidade estava próximo, e, com ela, o fim do Império Bizantino, herdeiro de Roma. Percebendo isso, instruiu seu filho, Constantino, a cruzar os mares, levando os 12 melhores soldados da guarda pretoriana, além de sua jovem esposa, a Princesa Alexandra, em uma tentativa de angariar simpatia para que a cidade pudesse ser futuramente reconquistada. Mal sabia o Basileu que, ao invés disso, Constantino plantaria as sementes de um novo império.
Constantino, obediente, partiu ao raiar do sol, e poucas horas depois, os Otomanos furaram a segunda muralha e avançaram sobre o quarteirão imperial. O Basileu Constantino pereceu em uma última cavalgada contra as tropas Otomanas.
Nas águas do Bósforo, Constantino decide com os soldados o caminho a seguir. Iria ele para o sul, rumo à Veneza e às ricas nações ocidentais, para tentar recrutá-las para uma nova cruzada? Ou rumo ao norte, para a misteriosa terra dos Principados entre o Dniepr e o Don?
O Patriarca, que o acompanhava no barco, encontrou a resposta: Deixar Deus decidir. Pegando uma folha de oliveira que levava consigo, soltou-a ao vento, que a fez voar rumo ao norte. Assim, Constantino e seus homens foram rumo à Criméia.
Após 3 semanas de viagem, chegaram à foz do Rio Dniepr. A tripulação foi acometida de peste, e quatro morreram: três soldados da guarda e a Princesa Alexandra, grávida de seu primeiro filho. Abalado, Constantino ainda assim continuou, e o barco continuou a subir o rio, chegando à Kiev.
Na cidade, capital do rico Principado de Kiev, foram recebidos pelo poderoso potentado Petro Potrovich, que os recebeu em sua fortaleza. Pai de uma única filha, Petro temia que sua linhagem desaparecesse com ele e que seu reino fosse absorvido por algum de seus gananciosos vizinhos. Recebendo Constantino com honras de rei em seu castelo, Petro propõe então que este se case com sua filha, unindo às duas dinastias e dando à casa de Kiev o direito de reivindicação de Bizâncio.
Por 7 dias e 7 noites Constantino espera, até decidir-se a se casar. No ano seguinte, nasce seu filho, Constantino.
Com a morte de Petro em 1456, a princesa Vasilissa sobe ao poder, junto à seu consorte, Constantino. O rei começa a construir os primeiros batalhões com que sonha reconquistar Bizâncio, mas morre em 1470 antes de poder realizar isso. Aos 16, assim, seu filho Constantino se torna príncipe de Kiev.
O jovem rei começa a atrair a cobiça de seus vizinhos. Para evitar uma guerra, Constantino casa-se com a princesa Maria "Polaca" da Galícia, em 1471. O príncipe consegue acalmar as tensões, mas no ano seguinte, o Príncipe Stutkas e seu filho Damião perdem a vida em uma incursão Otomana pela Galícia. Grávida de um filho, Maria é a mãe daquele que poderia ser o mais poderoso dos príncipes da Rússia. Tudo isso causa apreensão nos vizinhos, que declaram guerra à Kiev em 1473.
Desde 1456, contudo, Constantino Pai vinha formando um grande exército, que agora somava 10 mil homens, dentre os homens mais fortes de todos os vilarejos de Kiev. Esta legião passou a ser treinada com o mesmo rigor que a antiga Guarda Pretoriana. Em 1473, assim, já somavam uma força espantosa.
Na primeira das chamadas "Guerras dos Príncipes", Kiev enfrentou Pereiaslav, Turov, Novgorod e Chernigov. Com a vitória do Regente Constantino na batalha de Vladimir, o Principado de Pereiaslav foi totalmente destruído e os outros Principados fizeram um acordo de paz. No breve intervalo de paz que se seguiu, Constantino criou a política do Boi Mais Gordo. Inspirada no provérbio "o boi do pasto vizinho é sempre mais gordo", implicava a taxação diferencial das terras conquistadas. Essa política seria a base dos esforços militares de Kiev pelos anos seguintes.
Em 1476, Novgorod, Turov e Chernigov declaram novamente guerra à Kiev, na Segunda Guerra dos Príncipes. Conseguem também o apoio do Reino da Volínia, que traz mercenários poloneses. Porém, após uma espantosa derrota para uma força menor de Kiev em Smolensk, os poloneses mudam de lado e juram lealdade à Constantino. Cavalgam junto de suas tropas mas formam uma coluna separada, o que fez deles a primeira Bandeira Oriental (embora, estritamente falando, fossem do Oeste). Kiev expandiu-se mais e uma frágil paz foi assinada.
Nos anos que se seguiram, Constantino unificou o reino administrativamente, estabelecendo um código tributário separado por províncias, novamente optando pela discriminação. As províncias menos tributadas floresceram, e Constantino tornou-se um líder amado.
Em 1485, estoura a Terceira Guerra dos Príncipes. Agora com um exéricto somando quase 20 mil, Constantino parte com sangue nos olhos, visando unificar os Principados. Antes que pudesse, contudo, uma invasão turca vem do sul, e os Príncipes juntam-se em uma aliança temporária para expulsar os invasores das terras da Princesa Maria.
A invasão turca faz com que Constantino, que nunca havia sequer pisado em Bizâncio, se lembrasse da missão que seu avô passara a seu pai, e que ainda não estava completa. Decide, então, que precisa unificar os Príncipes da Rússia para que Bizâncio seja reconquistada para a cristandade. Lança seu apelo em uma reunião no Castelo de Smolesnk, em 1487. Mas seu pedido cai em ouvidos moucos - a maioria dos Príncipes desconfia que Constantino quer apenas acumular poder.
Uma nova incursão turca em 1490 parece oferecer a a abertura de que precisa, e Constantino parte rumo ao sul com 22 mil homens e uma coluna de 3500 poloneses. No desfiladeiro de Malacu, porém, seu exército sofre uma emboscada de arqueiros turcos, e Constantino perece. (Até hoje, "Malacu" é uma expressão na Criméia que simboliza uma tremenda de uma enrascada).
Com a morte de Constantino, O Regente, sobe ao poder Constantino, seu filho, ainda sob a regência de sua controladora mãe Maria. Constantino finalmente unifica as terras da Galícia e de Kiev, formando um dos maiores principados da Europa - nas mãos de um garoto de 17 anos.
Constantino se vê como sucessor de seu pai e seu vingador. Sua mãe consegue evitar que vá para a guerra, mas sua morte em 1493 e a maioridade do Príncipe significam que nada mais pode impedí-lo. Em 1494, Constantino declara guerra ao Império Otomano. À frente de 20 mil homens, um exército menor que de seu pai, ataca o Canado da Criméia, vassalo dos turcos. O sangrento cerco de Caffa, a capital da província, dura 200 dias. Quando a cidade é finalmente tomada, um alívio percorre o mundo: é a primeira vitória cristã contra os mouros desde a queda de Constantinopla.
Mas Constantino continua a olhar para o sul. Ordena a construção de uma basílica e um castelo em Caffa (Renomeada Alexandria, em homenagem à primeira esposa de seu avô, que pereceu ao chegar na península).
Em 1499, constrói uma ponte entre futuro e passado de Bizâncio: se autoproclama Constantino XII em uma segunda coroação em Alexandria. Era agora Príncipe de Kiev e Imperador de Bizâncio.

Francovsky

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