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Karam'unu (As Cidades Livres)

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Mensagem por MarioLopes Qui Jun 23, 2016 2:20 pm

"Ninguém sabe quem as construiu, é sabido que suas muralhas estão de pé desde a aurora dos dias, e estarão em pé até a derradeira noite."

Três cidades intocadas por centenas de conquistadores, preservadas em meio as areias do deserto, com costumes tão antigos quanto o tempo. As Cidades de Ouro, Sodoma e Gomorra, Lemúria sobre a Terra, Shangri-la... Muitos são os nomes que deram a estas jóias da ásia central ao longo do tempo, mas poucos foram aqueles que se aventuraram por dentro de seus territórios.

"E a noite é escura, e cheia de terrores."


MarioLopes
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Karam'unu (As Cidades Livres) Empty Re: Karam'unu (As Cidades Livres)

Mensagem por MarioLopes Qui Jun 23, 2016 2:28 pm

Bashiarabad, a Cidade Vermelha.


A mais antiga das cidades livres, Bashiarabad também foi durante anos a guardiã e mestra delas, nascida de um entreposto comercial em meio a Rota da Seda sua importância só cresceu com o tempo. A rivalidade com suas irmãs logo trariam sangue e fogo para a região no que foi chamado de Século de Sangue, foi nesse período que as duas facções de Bashiarabad tomaram forma, os Dragamans e os Tauriques, os lagartos e os touros, enquanto uns advogavam a via diplomática e comercial os segundos preferiam a alternativa militar, os Tauriques predominaram durante séculos e seus exércitos conseguiram inclusive conquistar cidades da região e botar a pique diversos invasores, tais memórias estão registradas na Praça dos Ídolos Caídos. Quando as Duas Irmãs se rebeleram contra o Domínio Vermelho foi que o poder de Bashiar começou a se esfacelar, e dentro das grossas muralhas da cidades mudanças começaram a ser percebidas, os Dragamans ganharam força e o comércio se desenvolveu com força, tal como a agricultura e e o artesanato. Junto com o progresso vieram também os escravos que são até hoje a força motriz da cidadela, Bashiarabad é a peça central do comércio de escravos na região sendo considerada pela comunidade internacional a última chaga aberta da humanidade.

A população de Bashiarabad tem pele acobreada e cabelos escuros, são altos e fortes em sua maioria, o porte físico é bastante importante para os Bashiaris principalmente aqueles que servem nas guardas de honra, os escravos existem em uma proporção de três para cada habitante e suas atividades variam tanto quanto possível, existem escravos de cama, do campo, das minas e dos portos, mas também existem escribas e escravos da fé, ligados eternamente ao Senhor da Luz. A escravidão na região não se dá por cunho étnico ou racial, a maioria dos escravos o é por dívida ou por tutelagem, escravos são considerados propriedade de seu senhor, porém são uma propriedade intransferível, caso o senhor morra, o escravo é liberto com ele (podendo o próprio escravo se vender para o herdeiro ou como acontece em alguns casos, morrer junto de seu mestre). A escravidão em Bashiarabad é assim chamada pelos estrangeiros, na prática, é um costume logal extremamente enraizado entre a população. O governo da cidade é dividido entre as duas facções eternas, o Tauriques e os Dragomans, com o tempo essas facções se tornaram o que sao notadamente os partidos políticos ocidentais, os Tauriques governando através das 12 Guardas de Honra (os exércitos Bashiari, cada qual liderado por uma das famílias originais) e os Dragomans atuando através do Conclave Escarlate (os mercadores mais ricos podem comprar um assento no conclave), as eleições se dão a cada 12 anos e são eleitos dois representantes, um representante da cidade e um representante das armas, o da cidade governa a cidade, o da armas governam os muros e as defesas além de garantirem a ordem e a aplicação das leis. O papel do governo porém é bastante limitado, as guildas mercantis e os proprietários detém na prática o poder, enquanto as guardas apenas garantem que todo esse ecossistema social não entre em colapso. Outro ponto de destaque na cidade é a presença da Fé, assim conhecida por seus seguidores, para os estrangeiros é chamada apenas de Religião Vermelha, ou Fé do Senhor da Luz, seu nome, assim como seus canticos e mandamentos são envoltos em algum mistério, os sacerdotes do senhor envoltos em vestes vermelhas pregam o fim do mundo em uma longa noite onde somente um herói prometido nascido do fogo do senhor poderá salvar a humanidade e guia-la para um renascimento, assim é dito, e assim é acreditado, mas mais importante que isso é o papel que a fé tem em Bashiar e em toda a região, tanto os Touros quanto os Lagartos parecem ouvir os sacerdotes vermelhos e do alto de seu grande templo murmúrios cada vez mais preocupantes tornam-se cada vez mais audíveis.
As Muralhas Vermelhas - As muralhas externas da cidade, construídas durante o Século de Sangue, quando a região estava imersa em conflitos e deflagrações. São vermelhas de uma tonalidade pálida, dizem que seus blocos foram unidos com o sangue dos inimigos derrotados dos bashiari. As muralhas são largas o suficiente para que um batalhão passe em formação e em suas ameias pesadas peças de artilharia são estrategicamente posicionadas, uma lembrança dos tempos de guerra, o qual os Bashiari parecem estar sempre a postos para o retorno.

Baixada do Perdigueiro - Ainda que rica, Bashiarabad também tem sua população menos privilegiada, e como musgo em uma árvore apodrecida, a Baixada do Perdigueiro é basicamente uma grande favela que cresceu colada as muralhas externas, um milhar de barracos, bordéis e mercados. Dizem que qualquer coisa pode ser comprada na baixada pelo preço certo, é, não é de espantar que seja a região mais problemática em termos de criminalidade, existe uma praça ao centro da baixada chamada de Praça das Mãos, onde são expostas as mãos decepadas de ladrões e batedores de carteira que tiveram a infelicidade de serem pegos.

O Templo do Senhor da Luz - O templo da luz é uma infinidade de pilares, degraus, contrafortes, pontes e cúpulas que fluem uma contra as outras como se tivessem sido esculpidas de uma rocha colossal. Uma centena de tons de vermelho, amarelo e laranja se propagam nos vitrais e nas torres que atingem retorcidas os pontos mais altos da cidade, como chamas em encontro a luz, a frente do templo está a grande Praça Vermelha, uma área murada repleta de jardins e fontes protegida incessantemente pela Mão Ardente, o braço armado da fé e um dos últimos exércitos privados do mundo.

As Muralhas Negras e a Cidade Interna - A grande fortificação central da cidade, uma área murada com o dobro da largura das muralhas vermelhas, as muralhas negras nunca foram conquistadas, nunca racharam e dizem as lendas existem desde que o mundo é mundo e estarão de pé até o derradeiro dia. Dentro dessa fortificação estão os palácios e mansões dos treze além de algumas poucas embaixadas estrangeiras, a cidade interna como é chamada a área é onde habita a população mais rica e privilegiada, é um pedaço do mundo em Bashiar, com lojas de grifes famosas, casas de concerto, teatros e todas as facilidades do primeiro mundo.


Última edição por MarioLopes em Seg Jun 27, 2016 2:30 pm, editado 5 vez(es)

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Mensagem por MarioLopes Qui Jun 23, 2016 2:38 pm

Hastapor, A Cidade Azul.

Hastapor é uma cidade plural, uma cidade de praças e jardins, com templos diversos e enormes bibiliotecas. A Fé do Senhor da Luz ainda é a mais presente na região e recentemente tem havido conflitos entre os seguidores dessa religião e os naturalmente pacíficos Hastapori. Suas muralhas feitas em um azul cobalto bastante denso são finas e decoradas, suas ruas são ordenadas e limpas, a proteção da cidade está nas mãos de companhias de mercenários e da segurança privada, seu governo é chamado do Povo para o Povo, nenhum imposto é cobrado em Hastapor, toda a manutenção da cidade se dá pela iniciativa privada, diz-se que se o céu é o paraíso, Hastapor é seu pedágio. Durante séculos Hastapor foi um hub de conhecimento, oriente e ocidente se misturaram nas inúmeras coleções que afloram naturalmente pela cidade, sua nobreza é reconhecida por sua sanha em colecionar arte e cultura, talvez seja por isso que Hastaporis são considerados os maiores mecenas da Ásia, Hastapor é portanto considerada mais avançada das cidades livres tanto nas artes quanto no conhecimento, seus principais produtos de exportação são coisas finas como relógio, sedas, lentes e objetos de precisão. A isenção de tarifas e a falta de controle estatal fazem da região a mais procurada por instituições financeiras, o paraíso fiscal definitivo por assim dizer fazem desta cidade rica bastante atrativa para os endinherados entediados que na falta de opções mais glamurosas recorrem aos museus, galerias, teatros, cassinos e casas de prazer de Hastapor.

A população de Hastapor é conhecida por sua beleza, mais do que em qualquer lugar do mundo as mulheres destacam-se por suas curvas e olhos claros, e os homens pelo porte físico e pela aptidão intelectual, os Hastapori tem a pele clara como leite e os olhos que vão do cobre ao azul mais denso, existem ainda muitos estrangeiros vivendo na região, a maioria homens de negócio, aventureiros e turistas. O governo popular da cidade garante voz a qualquer proprietário nos assuntos do dia a dia, é comum as pessoas se reunirem em conselhos deliberativos para solucionarem alguma questão particular, a justiça também é feita de forma comunitária, ainda que caótico aos olhos ocidentais, o sistema funciona bem a tempo suficiente para continuar a ser utilizado. A cidade não possui defesas oficiais, esse papel é decidido pelas comunidades e guildas que são responsáveis pela própria segurança e a de seus, existem portanto diversas agências de segurança privada disponíveis para contrato, porém, pela natureza pacífica de seu povo a criminalidade tende a níveis bastante reduzidos, limitando-se a incidentes envolvendo estrangeiros a um ou outro desavisado.

- As Muralhas Azuis: As defesas da cidade são mais peças de decoração do que defesa propriamente ditas. Em seus muros azul cobalto estão gravadas a história da cidade e de seu povo em ricos ornamentos.

- A Guilda Turmalina: A maior mantenedora de conhecimento oriental que se tem notícia, dizem que a Guilda representa para a Asia aquilo que o Vaticano representa para a Europa em termos culturais e artísticos, sob seus salões e nos quilômetros de túneis e galerias que se estendem sob o solo estão guardados a maior coleção que se pode supor, quando Marco Polo conheceu a coleção disse que ali caberiam três Alexandrias.

- O Palácio de Jade: No passado Hastapor teve reis, e esses reis governavam de um rico palácio em estilo túrquico, hoje o palácio é uma amostra da beleza da cidade, recebe anualmente milhares de turistas e é a sede anual do Grande Conselho, a coisa mais perto de um parlamento que existe por lá.

- Catedral de Santa Catarina, Mesquita de Al Yussuf e a Grande Sinagoga, ocupando uma enorme praça triangular, em cada uma das pontas um grande templo se ergue imponente, cada qual com seus estilos clássicos, dizem que a Praça da Concórdia onde se localizam é o único lugar do mundo onde qualquer um é bem vindo.

- O Bazar Oriental e o Bazar Ocidental, os dois grandes mercados da cidade, enquanto o ocidental é onde estão as grifes e multinacionais, o oriental é a ala tradicional, com especiarias, produtos típicos e é claro antiguidades, com o maior numero de antiquarios por metro quadrado em qualquer lugar do mundo.

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Mensagem por MarioLopes Seg Ago 01, 2016 1:57 pm

Sharamut, A Cidade Negra

No meio do deserto ergue-se imponente Sharamut a mais rica de todas as cidades livres, com suas muralhas negras erguendo-se a margem do rio Estéfis (que os gregos sabiamente chamavam de braço do estige) lançando sombra sobre uma larga região, as origens da cidade estão perdidas no tempo, nem mesmo os Sharaii parecem ter conhecimento da própria história, os edifícios de Sharamut são feitos de uma pedra negra oleosa ao toque, esta pedra parece beber a luz tornando a cidade escura e sombria, dentro de suas muralhas as duas outras cidades livre caberiam com folga, mas sua população é pequena, a noite, apenas um em dez edifícios apresenta luz. Nenhuma vegetação cresce na região e nas redondezas, os peixes ceifados no Estéfis são disformes e a água tem aparência pútrida, não é surpresa que todo o alimento da cidade precise ser trazido de fora, apesar de tal dificuldade a região e um destino popular de negócios, principalmente pelas incríveis jazidas de metais e gemas que abriga.

Os sharaii são um povo misterioso, não costumam deixar o interior de suas muralhas e não são afeitos a tratarem com estrangeiros, limitam-se a prestar representação a cidades irmãs, mas ainda assim mantém certa distância, sua forma de governo e costumes privados são desconhecidos. Não existem crianças em Sharamut, pelo menos não a vista, as longas ruas e praças são em sua maioria desertas, algumas poucas vezes pode se observar nobres Sharaii se locomovendo pela cidades em palanquins ricamente ornamentados, os Sharaii cobrem os rostos e utilizam escravos para serviços comuns, a exploração mineral é como dito, a principal fonte de riqueza da cidade mas não é a única, ourives, artestões e bancos são bem comuns para aqueles que se arriscam nessa parte do deserto. Ao redor de Sharamut encontram-se ruínas a muito abandonadas que nem mesmo os mais corajosos Sharaii ousam se aproximar. O único jeito de chegar ou sair da cidade é pelo Portão dos Ossos e pela estrada do mesmo nome, nada muito receptivo.

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