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O Kobold, ladrão de museus.

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O Kobold, ladrão de museus. Empty O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por juliogb Qui maio 26, 2016 11:46 pm

O Kobold, ladrão de museus. Salzburg-1200x600
Lienz, a capital da arte no sul de Helmland, entre a România Ocidental e Steyermark, uma belíssima cidade com construções barrocas e igrejas em todas as esquinas, calçadões majestosos, parques, alamedas e jardins impecavelmente cuidados. Jan Colbert era um dos orgulhosos nativos da cidade, pregoeiro de leilões, marchand, crítico de arte, curador do Lienzske Kunstmuzeul, um dos museus de arte mais prestigiados de Helmland e quem sabe do mundo; na sua coleção permanente figuravam obras de Rembrandt, Van Gogh, Renoir,  Monet, Gustave Doré, Rodin, Repin e tantos outros incensados nomes das artes. Era um dia importante para Colbert, da sacada da sua sala no museu, respirou profundamente o ar frio da manhã, era o primeiro dia da exibição de pintores russos oitocentistas, Souvenir de Russie, como foi chamada a exibição, amplamente divulgada pela cidade e pelo país.

Como fazia todos dias, chegava bem cedo ao museu, antes da abertura ao público, andava por todas as alas do museu cumprimentando os guardas e as simpáticas guias turísticas, naquele dia no caso, com afazeres a mais, organizava o coquetel que seria servido à alguns convidados ilustres para marcar a abertura da exposição, recebia os músicos e a solista que faria uma pequena apresentação, a adorável violoncelista Sabine Martinek, também uma orgulhosa nativa de Lienz.

-Joseph, Joseph, por favor, leve com mais cuidado essas baixelas....Erich, pelo amor de Deus, essa mesa está imunda! - disse ao passar o dedo numa mesinha e perceber uma camada de poeira. - Vamos vamos....temos convidados a receber.

-Acalme-se Herr Colbert, vai dar tudo certo. - dizia o Barão Giet von Malthus, um figurão da aristocracia local, também amante das artes.

-Barão von Malthus, é uma honra ter sua ilustre presença. - disse o curador curvando-se discretamente.

-Estou animado para ver os quadros da exposição russa, fiquei sabendo que um dos meus preferidos de Ilya Repin estaria aqui.

-Sim Herr, o quadro A respostas dos cossacos de Zaporochi está aqui, e ficará, pelas próximas 3 semanas.

-Ah....Madame Sabine Martinek, está divina nesta manhã! - galanteava o velho barão ao ver a violoncelista, de olhos verdes e cabelos loiros cacheados se aproximando.

-Barão von Malthus, Jan, estou ansiosa, fiquei sabendo que teremos convidados ilustres.

-Você vai se sair maravilhosamente bem, confio na sua capacidade, faça como sempre, toque com a alma.

Os preparativos estavam quase finalizados, mesas postas, canapés preparados, cozinheiros à todo vapor, em menos de duas horas o saguão do museu estaria cheio da nata da nata da sociedade local e alguns convidados estrangeiros. Colbert, orgulhoso, contemplou do alto da escadaria de mármore o vai e vém de funcionários, amava aquele trabalho.

-Barão, acompanhe-me terá a honra de ver a exposição antes de todo mundo, eu o escolto até a ala leste.

-Será uma honra Herr Colbert.


Última edição por juliogb em Sex maio 27, 2016 1:09 am, editado 1 vez(es)

juliogb

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O Kobold, ladrão de museus. Empty Re: O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por juliogb Sex maio 27, 2016 12:45 am

Banco de Custódia de Solothurn, filial de Graz.

Domenico Gallard, o gerente geral do Banco de Custódia de Solothurn estava tendo um dia terrível, discutira com sua mulher sobre algum assunto de pouca importância, discutira com um cliente dos mais abastados por causa de um fechamento de conta, derrubara café na sua camisa e ainda por cima não era nem meio dia.

-Herr Gallard, aqui há um homem querendo ver o senhor, disse que quer fazer um depósito no cofre de custódia. - disse a secretária Lisie abrindo a porta da enorme sala do gerente geral.

-Ele é correntista do banco?

-Não.

-Se ele não tiver um Rolex no pulso mande-o passear ou falar com algum gerente lá no andar de baixo.

-Ele disse que tem 5 milhões de Kronens em dinheiro que quer depositar.

-O que está esperando pra deixá-lo entrar Lisie, pelo amor de Deus!

O homem que entrou na sala do gerente com certeza era a definição de um ''grey man'', não tinha característica alguma que o diferenciasse de qualquer, roupas de cores neutras, corte de cabelo comum pro lugar e pra época, não tinha nenhuma marca no rosto, nem era de estatura alta ou baixa demais.

-Em que posso ajudá-lo Herr.

-Pode me chamar de Sneider.

-Herr Sneider, soube que quer abrir uma conta no nosso humilde banco...aceita um café? chá? bebida?

-Um chá por favor, preto, sem açucar.

-Lisie, traga um chá para Herr Sneider, depressa! Preto sem açucar!

-O senhor quer com leite?

-Sem leite minha querida, só o chá mesmo, obrigado. - disse polidamente o misterioso Sr. Sneider. - Herr Gallard, queria antes de abrir a conta, ver como é a segurança dos cofres.

O gerente levantou-se, notou um tubo desses usados para guardar projetos arquitetônicos pendurado na cadeira do Sr. Sneider.

-Mostrarei os cofres imediatamente, creio que ficará satisfeito.

-O Sr. me garante que tudo o que guardo aqui ficará na mais absoluta confidencialidade.

-Herr Sneider, discrição, confidencialidade e privacidade são os lemas desta instituição, o que o Sr. me confidenciar aqui é como uma confissão a um padre, o sistema legal não pode me obrigar a falar qualquer coisa contra o senhor.

-Ótimo Herr Gallard,prossigamos... - disse pegando a xícara das mãos de Lisie. - Obrigado Lisie.


juliogb

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O Kobold, ladrão de museus. Empty Re: O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por juliogb Sex maio 27, 2016 1:03 am

Colbert escoltou o velho barão pelos corredores de mármore e granitos coloridos do museu, passando por obras de arte admiradas em todo o mundo, o chão estava impecavelmente encerado, o silêncio matinal era quebrado pelos passos cadenciados dos sapatos de solas de couro dos dois amantes das artes.

-Creio que lhe agradará muito esta exposição, contatei curadores do Hermitáge em São Petersburgo, do Metropolitan Museum, do Museu de Londres, de Basiléia, Paris, até do Louvre, cacei por todo o globo as obras de grandes mestres russos do séc XIX...e digo-lhe mais, sem a sua imensa ajuda jamais teríamos tantas exposições ilustres.

-Me alegro de ouvir.

Chegaram finalmente nas portas ornamentadas de que desembocava na ala leste, um salão social enorme, onde eram celebrados grandes bailes de um antigo nobre que morara naquele palácio. Num movimento rápido, Colbert apoiou as mãos nas duas maçanetas e as girou abrindo o espaçoso salão redondo, com várias obras de arte colocadas em nichos nas paredes iluminados por um pequeno foco de luz. Colbert e von Malthus olharam para as paredes, até se darem conta de um vazio.

-Jesus, Maria e Jose! Ventre Santo! - exclamou o barão.

Colbert, empalidecendo subitamente correu até o nicho vazio, jogando-se de joelhos e colocando as mãos na parede como se adiantasse de algo, encontrando somente, um desenho tosco de um duende feito com giz de cera.

-A respostas dos cossacos de Zaporochi sumiu!

O barão foi de encontro ao curador, desconsolado e com uma expressão de terror no rosto, olhou para o papel com o desenho de giz de cera.

-Um kobold...fomos roubados por um maldito duende.

O Kobold, ladrão de museus. 1024px-Ilja_Jefimowitsch_Repin_-_Reply_of_the_Zaporozhian_Cossacks_-_Yorck

O quadro roubado.

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O Kobold, ladrão de museus. Empty Na mesma semana...

Mensagem por ANTONINI-Leo Sex maio 27, 2016 1:34 am

Uma e meia da manhã, Museu Nacional de Teutenaggari, sem dúvidas o maior museu de história teute e mundial, local de permanência de obras de arte inestimáveis e artefatos arqueológicos inestimáveis, muitos deles únicos.


O prédio em si já era uma obra de arte de valor histórico inestimável, com mais de mil anos foi inicialmente uma fortaleza construída contra os Vikings e posteriormente convertida em palácio, dessa forma a arquitetura robusta da fortaleza fora coberta por adornos palacianos, dotando o museu de uma aparência singular.


---


Já faz horas que o último visitante saiu, somente as luzes de segurança iluminam os corredores do museu, na guarida da entrada sul o guarda noturno Erteu Guntersam do Clã Knor esperava mais uma tediosa madrugada acabar quando um alarme silencioso começa a piscar no quadro de avisos.


Imediatamente Erteu sobressaltado levanta da cadeira colocando a mão na cintura próxima da arma. Erteu processando a informação reage acionando o dispositivo que sela todas as portas e janelas do museu.


O Museu Nacional de Teutenaggari é equipado com a melhor tecnologia de segurança, isto desde um roubo histórico que ocorreu há cerca de dez anos.


- Hei! A viatura estará ai em cinco minutos! – disse uma voz metalizada no radio do segurança do museu.


- Entendido! Tranquei todas as portas assim que o alarme acusou! O ladrão ainda deve estar lá dentro. – Disse Erteu


- Perfeito! Aguarde a viatura! – Disse a voz metalizada quase incompreensível.


---


Exatamente 5 minutos após uma viatura da guarda metropolitana de Teutenaggari para em frente ao museu. Do carro descem 4 policiais armados e um analista forense trajando um jaleco branco.


- Sou o Capitão Anselm Karlsam do Clã Yíndan! Abra uma das portas, vamos entrar! – Disse o policial, um homem alto até para os padrões teutes, portador de um hediondo bigode nietzschiano.


O segurança abriu com a chave mestra uma das portas e a polícia entrou.


- Não precisa vir! – Disse o Capitão bigodudo ao segurança.


- Não Senhor! Eu conheço cada canto deste museu, trabalho aqui desde antes do roubo do elmo! Sei muito bem cada lugar em que alguém poderia se esconder! – Disse o Segurança.


- Pois bem! Siga-nos e fique atento, o ladrão pode estar armado e nada garante que ele não tenha problemas em atirar pelas costas. –Disse o Capitão coçando a nuca.


Atrás deles a pesada porta se fechou e um grande silêncio tomou o grupo.

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O Kobold, ladrão de museus. Empty Re: O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por ANTONINI-Leo Sex maio 27, 2016 2:06 am

- O alarme partiu da ala oeste, é por aquele corredor – Disse o segurança quebrando o silêncio.


Seguiram todos pelo corredor até a ala Oeste, local em que costumeiramente ficam as obras de arte e artefatos históricos militares dos século XXVI, XXVII e XVIII.


O Capitão se esgueira até a soleira da porta e com os dedos conta até três para os demais, e então eles entram juntos, mas para desapontamento o lugar estava vazio.


- Você não disse que tinha fechado tudo? – Perguntou o Capitão ao segurança Erteu.
- Sim Senhor, tão logo o alarme silencioso acusou. – Disse Erteu.


- Ma a final, por qual motivo o acionamento não é automático? – perguntou o analista forense enquanto limpava os óculos no jaleco.


- Bom... no começo era mesmo, mas tivemos muitos casos de pombos e gatos disparando acidentalmente o alarme e lacrando o museu. – Ótimo, o bandido foi salvo pelo pombo, disse o capitão passando os dedos em seus longos bigodes.


- mas então segurança, vê algo faltando? – Perguntou o analista forense recolocando os óculos.


O segurança mirava rapidamente a luz de sua lanterna ao entorno e parou em um local vazio na parede, se aproximou e leu a plaqueta: “O menino do tambor, pintura a óleo de 1812, Stenkley Yérik Do Clã Fense”.


- Então ele roubou esse quadro. O prejuízo será enorme ao museu! - Disse o capitão.


- Na verdade não! – Disse o segurança tirando o quepe e coçando a cabeça.


- Não entendi. – Disse o Analista Forense.


- Eu trabalho há muito tempo nesse museu, e já vi todas as coleções que tem aqui. Esse quadro era um dos menos valiosos do acervo. Era muito lindo, mostrava um garoto tocando um pequeno tambor para os deslocamento da infantaria, mas não valia muito, o artista era quase desconhecido, o pintor era o próprio pai do garoto – Disse o Segurança, se aproximando e vendo no chão logo a baixo de onde deveria estar o quadro roubado um desenho tosco feito a giz de um duende ou um anão tocando um tambor.

ANTONINI-Leo

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O Kobold, ladrão de museus. Empty Re: O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por juliogb Seg maio 30, 2016 11:42 pm

O inspetor Harry Kropatschek, como todos os dias, comparecia à primeira missa, das sete horas da manhã, numa pequena igreja em estilo barroco chamada Paróquia Menino Jesus de Praga; o inspetor era muito católico, casado há 27 anos e com 5 filhos. Fora criado na zona rural da Caríntia, numa família de pastores de ovelhas e fazedores de queijo. Era um tipo um tanto quanto rude demais para os padrões de Lienz, talvez seja esse o fato que o levou a subir na hierarquia da polícia, era um sujeito sem rodeios, fazia o que tinha de ser feito, doesse a quem doer.

-Inspetor Kropatschek! - chamou um jovem policial de nome Alistair von Stiglitz.

-Stiglitz...aceita um cachorro quente? - falava o inspetor Kropatschek com a boca cheia do cachorro quente que comprara numa banquinha na frente da paróquia.

-Não senhor, já tomei meu café da manhã....

-Por que está me interrompendo a esta hora da manhã?

-Temos problemas senhor.

-Quais? O gato da baronesa Hohenberg se perdeu de novo? O conde von Zuben bateu sua ferrari de novo?

-Não senhor, muito pior, os quadros da exposição russa....foram roubados do museu.

O inspetor Kropatschek terminou seu lanche, amassou o papel com uma das mãos e o arremessou acertadamente numa lata de lixo, ajeitou o casaco, estalou as juntas e pegou sua caneca térmica com café forte.

-Vamos lá Stiglitz, está de carro?

-Sim senhor...


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O Kobold, ladrão de museus. Empty Cidade de Aden

Mensagem por juliogb Ter Ago 02, 2016 12:25 am

Após um anos servindo como miliciano na Guarda Costeira da cidade de Aden, o jovem Tim Brändlin tinha duas opções, continuar a carreira militar em Helmland ou tentar a sorte na cidade africana, Aden, a metrópole do chifre africano, onde havia nascido, sendo um da pequena minoria branca helmlandesa que habitava a cidade. Com quase 3 milhões de habitantes, Aden era fruto de uma intervenção militar helmlandesa nos anos 80, numa tentativa de combater piratas somalis nas rotas de comércio do Estreito de Aden, desde então, sob ocupação militar modesta, a região testemunhou um crescimento ímpar, se tornando um pólo no setor turístico, especialmente com cassinos e resorts, além de uma grande indústria de telecomunicações e empresas de segurança privada. O idioma árabe era a língua franca da cidade e todas as placas eram escritas em árabe, em árabe latinizado, inglês e helmlandês.

Como muitos ex-militares, o jovem Tim arranjou emprego numa das várias empresas de segurança privada que funcionavam na cidade, a Hoplite Security Group, uma empresa israelense/sul-africana que lidava com transporte de valores, segurança de VIPS, segurança patrimonial, patrulhamento, instalação de sistema de vigilância e segurança domiciliar. Já no primeiro dia, tinha uma missão importante de um VIP europeu.

-Hei, garoto, se apronte, temos trabalho hoje. - disse seu superior imediato, Bashir El Roumi, um árabe parrudo, careca com cara de mau e olhos azuis. - Vamos pegar uma encomenda no porto, pelo visto tá rolando um riot por lá.

-Sim senhor! Sabe o porque dos motins?

-Um grupo de islamistas está organizando protestos no porto contra a entrada de bebidas alcoólicas, queimaram alguns pneus e o porto está um caos.

Tim colocou seu colete a prova de balas, carregou seu fuzil, colocando-o a tiracolo, amarrou seus coturnos e ajustou a aba do boné preto com o logo da empresa, saindo prontamente do vestiário e entrando nos jipes que esperavam a equipe, em torno de 8 homens divididos entre 2 jipes e um caminhão, e mais uma patrulha de 6 motos, guardando a frente e a traseira do comboio, comandados pelo Sargento Bashir, como era conhecido o sírio, a equipe continha mais 2 helmlandeses europeus ex-militares, Thorbjorn Hedestrom e Messala Bauer, além de dois africanderes da Namíbia, Sarell Voegels e Rainer de Winter; um somali de nome Didier Mahmedi, um etíope chamado Gebriel Kidus e um outro sírio conhecido como Michel Shahrouri.

-Rapazes, é o seguinte. - dizia o árabe em inglês aos seguranças. - Temos um carregamento importante pra buscar e pra manter em segurança, está dentro de um container, o empregador é um investidor e colecionador de arte de Helmland, Herr Youhanan Taylor, e o segurador é o Banco de Custódio de Solothurn, esse trabalho é sério e paga bem, quero que tudo ocorra perfeitamente. - o árabe deixou a palavra para seu imediato, Didier Mahmedi, um negro alto, esguio e fosco de origem somali.

-Um dos nossos drones está fazendo uma varredura do local. - disse o somali abrindo um notebook com imagens ao vivo de uma das principais avenidas do porto. - Como vem os manifestantes fizeram muitas barricadas, teremos de cortar caminho pelo leste, entre os pátios de armazenagem de conteineres parados, nossa missão é chegar à doca de descarga o quanto antes, o navio onde está o contêiner está agendado para chegar daqui a 2 horas e meia, temos de estar lá e estabelecer um perímetro de seguerança e esperar pelo desembaraço do contêiner e assegurar sua chegada segura à filial do Banco de Custódia de Solothurn na avenida Harald III.

A medida que iam se aproximando do porto, dirigindo rápido entre a via expressa paralela à praia de areia branca, desviando dos vários tuk tuks, carros blindados, limousines, motos com passageiros demais e os onipresentes camelos adornados pelos beduínos. Ao longe viam algumas colunas de fumaça e multidões enfurecidas, Sargento Bashir fez um sinal da cruz e Tim, controlava o nervosismo na sua primeira missão como segurança particular.


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O Kobold, ladrão de museus. Empty Re: O Kobold, ladrão de museus.

Mensagem por juliogb Ter Ago 09, 2016 10:57 pm

O comboio cruzou rápido pela avenida até chegar aos grandes pátios de armazenagem de containeres, empilhadeiras, caminhões e guindastes circulavam freneticamente num dos maiores portos da Africa; ziguezagueando pelo labirintos de containeres, finalmente chegaram ao cais, onde o cliente terminava de assinar alguns papéis com os fiscais da aduana.

''Chegaram'' - pensou Herr Youhanan, um tipo de estatura mediana e cabelo loiro escuro, usava um óculos escuro estilo aviador, camisa branca e terno de linho, além de um chapéu panamá, sapatos italianos e um vistoso anel de pedra azul na mão direita.

-Herr Youhanan. - disse El Roumi saindo do veículo e estendendo a mão para o misterioso homem. - Meu nome é Bashir el Roumi, sou o líder desta equipe de segurança, escoltaremos seu container em segurança até o banco.

Um homem de feições persas e muito bem vestido saiu do caminhão, era o representante do banco que acompanharia a operação, Mejid Rabbani.

-Sr. Taylor, Mejid Rabbani, do Banco de Custódia de Solothurn, a seu dispor.

-Sr. Rabbani.

O desembaraço aduaneiro seguia sem grandes dificuldades.


Em um outro canto da cidade, Niro acompanhava no seu laptop as últimas mensagens de seu empregador, um rico colecionador de Teutenagari, que estava bancando a operação de resgate dos quadros roubados do Museu Nacional de Teutenagari.

-Hey, quer um café? - interrompeu Ganto entrando no quarto mal iluminado onde Niro religiosamente esperava a resposta de seu contato no porto de Aden.

-Por favor, o cheiro está bom, colocou cardamomo?

-Claro.

Um chiado foi ouvido, era o rádiocomunicador.

-Alô, Sr. Niro.

-Fale Moussa, estou ouvindo, tem alguma novidade?

-Chegou um cargueiro grande aqui, bandeira helmlandesa, creio que o container está nesse navio, estou vendo um comboio ....

Um chamado à oração interrompeu a comunicação, o apartamento onde a equipe sudteute estava localizada ficava de frente com os alto-falantes de um minarete de uma mesquita.

-Por favor, repita, câmbio, repita....

-Um comboio, vários brucutus armados, creio que alguns deles são helmlandeses ou sul-africanos, 2 árabes e alguns locais, bem armados, creio que são de alguma empresa de segurança privada, não estou conseguindo ver o logo.

-Obrigado Moussa, avise qualquer movimentação.

-Devíamos ter arranjado um esconderijo menos barulhento. - disse Ganto olhando pelas frestas da janela mourisca onde via na rua um festival religioso dos cristãos ortodoxos etíopes, enchendo as ruas estreitas de calçamento de pedra com seus guardasóis cerimoniais coloridos, os mantos brancos e tambores.

-Chame os rapazes, vamos até o porto dar uma espiada com o que estamos lidando.

-Sim senhor.



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